Na iminência de completar, no próximo dia 17 de setembro, cinco anos da morte do advogado Alexandre Marchioro da Silva, barbaramente assassinado e cujo corpo foi encontrado parcialmente carbonizado nas proximidades do trevo de acesso à cidade de Vera, surge uma esperança de que o caso possa enfim ser esclarecido e os autores do crime e eventuais mandantes, efetivamente punidos.
Decisão proferida no último dia 7 agosto pela Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, à unanimidade, deu provimento ao Recurso de Apelação nº 147959/2012, interposto pelo Ministério Público a fim de que fosse autorizada a quebra do sigilo dos dados telefônicos das ligações realizadas ou tentadas no período compreendido entre a 0h e 4h do dia 17 de setembro de 2008, que utilizaram as Estações de Rádio-Base (ERB) transmissora das ligações nas cidades de Vera, Sorriso e Nova Ubiratã.
O caso tem sido acompanhado pari passu pela OAB/MT, com o empenho pessoal do Presidente Maurício Aude e do Conselheiro Estadual Silas do Nascimento Filho.
O Presidente Maurício Aude sublinhou a necessidade da apuração rigorosa dos fatos e a punição dos culpados. “Há anos que a Seccional vem cobrando andamento nas investigações e finalização do inquérito policial. Este ano, no início da gestão encaminhamos ofício à Secretaria de Estado de Segurança Pública buscando informações e providências e recebemos resposta. Porém, ainda há muito que avançar e esperamos ver os acusados por um crime tão cruel serem punidos”, observou.
Já o Conselheiro Estadual por Sorriso, Silas do Nascimento Filho, lamenta a demora na solução do caso, contudo, confia na completa elucidação do crime. “Vamos continuar acompanhando o caso e reiterando a nossa confiança nas autoridades que investigam esse crime. Não podemos admitir que a morte do nosso colega caia no esquecimento e que o autor, ou autores, escapem impunes”, sublinhou.
O desembargador relator Alberto Ferreira de Souza destacou a importância da quebra do sigilo telefônico, considerando o provimento da apelação necessária e “exigível (...) vez que, consoante gizado pela autoridade policial, diversas linhas investigativas já foram descartadas e até o momento, passados quase cinco anos da prática delitógena, não se descortinou todos os autores [executores e mandantes]”.
Alexandre Marchioro da Silva era assessor jurídico da Prefeitura de Nova Ubiratã, se destacou como membro da comissão responsável pela construção do Fórum e pela criação e implantação da Comarca naquele município. O advogado teve o corpo carbonizado a aproximadamente 15 metros de seu carro. À época, um perito informou que havia no local rastros de outro carro, caixa de fósforo e um tambor de plástico queimado.
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