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OAB/MT e Sindjor se reúnem para cobrar das autoridades uma célere e profunda apuração do assassinato de jornalista

25/07/2011 15:00 | Investigação
      O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso, Cláudio Stábile Ribeiro, e o presidente do Tribunal de Ética e Disciplina e membro honorário da OAB/MT, Ussiel Tavares, se reuniram no início da manhã desta segunda-feira (25 de julho) com o presidente do Sindicato dos Jornalistas (Sindjor), Téo Meneses, com o objetivo de adotarem medidas para cobrarem das autoridades competentes esclarecimentos sobre a apuração do assassinato do jornalista Auro Ida.

       Após a reunião entre as entidades na sede da Seccional da Ordem, os presidentes da OAB/MT e do Sindjor compareceram perante o Secretário de Estado de Segurança Pública, Diógenes Curado, pleiteando a designação de um delegado e uma equipe especializada para apurarem o caso e a celeridade nas investigações, e agendaram reunião às 15 horas desta segunda-feira com o Superintendente da Polícia Federal solicitando que auxilie nas investigações, pois a polícia civil encontra-se em greve, dificultando a apuração do caso. 

Para o presidente da OAB/MT, Cláudio Stábile, o quadro sobre a violência no Estado é preocupante e medidas devem ser adotadas com eficiência e celeridade para combater esse tipo de acontecimento. “As primeiras informações indicam que houve crime de mando, de pistolagem, no assassinato do jornalista Auro Ida, e isso precisa ser apurado a fundo. Sabemos que, regra geral, o fato deve ser investigado pela polícia estadual, mas nossa intenção é pleitear a presença da Polícia Federal que analise o caso porque esse tipo de crime, nas circunstâncias como ocorreu, não pode ser admitido". 
 
       Cláudio Stábile enfatizou que esse tipo de crime vem acontecendo de forma repetida em Mato Grosso e citou dois exemplos: o primeiro foi o assassinato da esposa do presidente da Subseção da OAB de Rondonópolis e, por último, do prefeito do município de Novo Santo Antônio, no Vale do Araguaia. "Ultimamente esta espécie de crime está se tornando rotina e se não ocorrer solução rápida, a sensação de impunidade poderá incentivar este tipo de conduta”, afirmou o presidente da Ordem. 
 
       Sobre o assassinato do jornalista Auro Ida, o presidente da OAB/MT destacou que por causa da greve da Polícia Judiciária Civil, sequer um terço do quadro de servidores está trabalhando e nenhuma investigação está sendo realizada. “Até agora a testemunha chave do crime, a namorada do jornalista, não foi ouvida, o que pode tornar mais difícil a investigação, pois existe risco de receber eventual orientação de alguma pessoa. Não podemos admitir o retorno de um tempo em que matar alguém era rotina e que a vida humana não tinha valor. A banalização da violência é inadmissível”, lamentou.
 
Para o presidente do Tribunal de Ética e Disciplina e membro honorário da OAB/MT, Ussiel Tavares, a investigação deve ser mais ampla e profunda. “Não se pode num primeiro momento, antes de qualquer início de investigação, cogitar a hipótese de crime passional. Pela maneira como Auro Ida foi executado, isso se torna praticamente impossível”.
 
       Ussiel Tavares disse estar angustiado com o caso. “Estou preocupado com a pressa que estão dando para a versão de que o assassinato foi por motivo passional e isso só reforça a tese de que deve haver a investigação de forma mais abrangente. É muito cômodo dizer que o crime foi passional, mas como podem alegar isso sem que tenha havido qualquer tipo de investigação?”, questionou.
 
       O presidente do Sindjor, Téo Meneses, disse que a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) já foi informada do assassinato, e espera que com o apoio da OAB/MT se chegue a uma conclusão do que realmente aconteceu. O jornalista não descartou a hipótese de crime político. “Dizem nos bastidores de que Auro Ida estaria levantando informações sérias e importantes sobre pagamentos irregulares de precatórios. Não temos como afirmar isso porque sabemos como o Auro Ida era discreto em suas investigações jornalísticas, mas tenho certeza de que, com a ajuda da OAB/MT, esclareceremos esse caso”, finalizou.
 
Lídice Lannes/Luis Tonucci
Assessoria de Imprensa OAB/MT
(65)3613-0928
www.twitter.com/oabmt
 

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