O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso , Francisco Faiad, disse nesta quarta-feira que vai pedir ao delegado Gerson Vinícius, responsável pelo inquérito que apura o esquema de cobrança de propina na 2ª Vara de Execuções Penais de Cuiabá. A informação sobre envolvimento de profissionais do Direito teria sido dada por um dos estagiários presos durante a Operação Artemis, que resultou na prisão da ex-escrevente Beatriz Árias e da escrevente chefe da 2ª Vara, Vera Lúcia Camargo de Anunciação. Queremos saber de quem se trata para adotar as devidas providências disse o presidente da Ordem.
Faiad disse que é praxe da OAB atuar nesse sentido. Segundo ele, trata-se de uma responsabilidade institucional. Ele disse que as duas estruturas ligadas diretamente a profissão do advogado serão utilizadas no momento em que, oficialmente, for encaminhada pela Polícia os supostos nomes. Primeiro diz respeito a prerrogativas. É preciso saber se os advogados estão agindo dentro daquilo que a lei, em seus limites, lhes faculta explicou. Depois, a ética. Ou seja, se estiverem infringindo qualquer dispositivo legal, serão devidamente punidos.
A atuação da Ordem em Mato Grosso , segundo Faiad, não deixam margens para interpretação no sentido de fazer com que prevaleça aquilo que é melhor para a sociedade. Ele enfatizou que a OAB existe para garantir corporativamente a atuação profissional, mas, também, para fazer valer os princípios éticos e morais exigidos pela profissão. A Ordem sempre foi um exemplo para defender seus inscritos assim como também para cortar a própria carne destacou.
Segundo a imprensa, Beatriz Árias, acusada deser responsável pelo esquema, chegou a confessar para a Polícia o crime e que repassava dinheiro para a escrivã Vera Lúcia. A ela é também atribuída informações de que teria citado nomes de advogados.
