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PM que matou advogada em Tabaporã é expulso e vai a Júri Popular

21/02/2008 16:32 | Júri popular

    O Conselho de Disciplina da Polícia Militar de Mato Grosso decidiu pela expulsão de Valtencir Moreira Costa por ter assassinado a advogada Andréa de Carvalho Furtado Pereira, em abril de 2007, na cidade de Tabaporã. Ele foi considerado culpado das acusações de ter matado a advogada, em crime premeditado. De acordo com ata da reunião final que tratou do processo, o ex-policial, que já estava com o recebimento de seus soldos suspensos, Valtencir não reúne condições de permanecer nas fileiras da Polícia Militar. O advogado João Batista Cavalcanti da Silva, indicado pela seccional da OAB para acompanhar o caso, acompanhou o julgamento.

    João Batista informou que, vencida essa etapa, agora o ex-policial será levado a Júri popular; O julgamento está marcado para o dia 28 de fevereiro próximo, na cidade de Tabaporã, onde ocorreu o crime, considerado bárbaro. João Batista será assistente de acusação no processo. Na produção de provas ficou evidenciado que o crime foi cometido pelo então policial militar frisou o advogado, ao destacar a tentativa de defesa de querer criar fatos novos para tentar reduzir a suposta pena a ser aplicado pela Justiça.

    Valtecir deverá ser punido por homicídio qualificados em motivo fútil, que dificultou a defesa da vítima e meio insidioso e cruel. Andrea foi assassinada no dia 16 de abril do ano passado. A perícia constatou, durante as investigações, que os projéteis que atingiram Andréa têm as mesmas características dos encontrados dentro da caminhonete do ex-soldado. Na fuga, ele acabou capotando e abandonando o veículo. Testemunhas também informaram que viram o ex-policial entrando e saindo do escritório de Andréa, na tarde em que ela foi morta.

    O motivo do crime foi uma vingança. Andrea havia sido contratada pela ex-mulher do soldado para o processo de separação de corpos e a Justiça concedeu liminar favorável, em que Valtencir foi condenado a pagar pensão alimentícia.

    O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Francisco Faiad, informou que fará todo o possível para se fazer presente na sessão de julgamento do caso. A condenação desse policial é emblemática porque não está em jogo apenas a questão do homicídio, mas, fundamentalmente, a necessidade de que haja uma ampla mobilização para que as prerrogativas do advogado sejam conhecidas e respeitadas. É preciso que haja compreessão do exercício da advocacia disse.


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