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OAB apóia luta de vigilantes, mas pede respeito ao instituto da greve

06/03/2008 21:26 | Categoria

    O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Francisco Faiad, manifestou nesta quinta-feira apoio à luta iniciada pelos vigilantes de bancos em Mato Grosso por melhores salários. A categoria está com suas atividades suspensas em função da falta de acordo. No entanto, Faiad destacou a necessidade de que o movimento de paralisação reconheça e respeito o instituto legítimo da greve ao exortar à categoria para que evite qualquer tipo de dano ao patrimônio de terceiros, com eventuais atos de vandalismo. Reconhecemos que toda a luta trabalhadora é justa, a greve é um ato legitimado pela Constituição disse.

    Faiad se reuniu com uma comissão do movimento, liderado pelo sindicalista Manoel de Souza, da Força Sindical, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil. O grupo pediu apoio da Ordem para o movimento. Na ocasião, relataram o atual estágio do movimento e fizeram duras críticas as empresas de segurança para o que chamaram de propostas vergonhosas apresentadas à classe para colocar fim ao movimento. Os vigilantes querem aumento de 20% sobre o salário de R$ 500,00 pagos atualmente.

    Os empresários alegaram que não têm condições de arcar com o aumento reclamado pela classe. Numa reunião, apresentaram uma série de números. Porém, segundo eles, nenhuma empresa quis apresentar qualquer contrato firmado com as instituições bancárias  que estão operando, em sua maioria, sem qualquer tipo de segurança. Um dos integrantes da Comissão que foi à Ordem chegou a dizer que os bancos chegam a pagar até R$ 7 mil por um vigilante. A categoria está sendo duramente penalizada disse o representante da Força Sindical.

    Francisco Faiad colocou a OAB à disposição da assessoria jurídica do movimento dos vigilantes. Inclusive, para sanar eventuais dúvidas disse. Ele também disse que a entidade dos advogados se coloca a disposição para, se for preciso, ajudar a intermediar um possível acordo. O fechamento de agenciais por falta de funcionários de segurança, segundo Faiad, é uma indicação de força da categoria. Acreditamos que haverá um acordo satisfatório previu.

    A comissão aproveitou para tirar várias dúvidas relativas ao movimento. Como, por exemplo, a importação de mão de obra da empresa em outros estados para atuar em Mato Grosso. Eles também queriam saber da legalidade de novas contratações. ?As empresas podem contratar, mas, é preciso que elas contratem pessoas com experiência de atuação, sob pena de serem investigadas e sofrer punições por parte da Polícia Federal, que é quem cuida da qualidade da segurança privada salientou. As demissões, por outro lado, estão proibidas, já que o movimento está atuando dentro da legalidade.


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