PRERROGATIVAS, UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA!

MATO GROSSO

Notícia | mais notícias

Prisão arbitrária de advogada

06/06/2008 19:04 | Atitude

    Acusada de suposto crime de desacato a autoridade, a advogada Seila Maria Álvares da Silva foi presa dia 8 de abril deste ano e conduzida em um camburão ao quartel da Polícia Militar em Pontes e Lacerda. A prisão foi feita pelo aspirante PM Gabriel Rodrigues Leal, pelo cabo Fábio Gonçalves Ferreira e pelo soldado Odair José Santana Baca. A arbitrária atitude dos PMs foi repudiada com veemência pela OAB e pelo Tribunal de Defesa das Prerrogativas, que além do desagravo público em favor da advogada, estão buscando todos os meios legais de que dispõem para punição dos ofensores.

     O motivo da prisão de Seila Maria: ela flagrou um advogado derrubando uma construção num terreno dela. Seila Maria ligou para o 190 da PM, denunciando o fato, mas não foi atendida. Em seguida, o advogado, cujo nome Seila Maria prefere não revelar, contatou com o aspirante a tenente Gabriel Rodrigues Leal, que logo depois chegou ao local com o cabo Fábio e o soldado Odair. A advogada começou a discutir como aspirante que lhe deu voz de prisão e a conduziu ao quartel da PM. O arrependimento da advogada, como ela confessa, é não ter dito ao aspirante, durante a discussão, “todos os nomes feios que a gente aprende na rua quando é criança...”   

     A advogada Seila Maria Álvares da Silva afirma que a violência que sofreu por parte dos policiais militares, por causa de uma discussão banal,  foi uma agressão não apenas contra ela, mas contra a população de Pontes e Lacerda. Tanto é que no dia de sua prisão, como até agora, tem recebido muitas manifestações de solidariedade. “A sociedade mato-grossense tem que reagir e denunciar esses tipos de violência policial”. Ela destaca também que além de suas prerrogativas profissionais que devem ser respeitadas, é uma cidadã cujos direitos em nenhuma hipótese podem ser violados.


Facebook Facebook Messenger Google+ LinkedIn Telegram Twitter WhatsApp

WhatsApp