Primeira e única mulher a ocupar a presidência da Seccional da OAB em Mato Grosso nesses ¾ de século de sua existência, com direito a repeteco de mandato – de 1993 a 1997 – a hoje desembargadora Maria Helena Gargaglione Povoas orgulha-se de ter contribuído, em sua gestão, para fazer a instituição deixar de ser unicamente um órgão de classe para se aproximar e interagir com a sociedade. Maria Helena tinha um forte argumento para contestar facções que defendiam o corporativismo da classe: “A OAB tem uma história de luta no Brasil, foi uma das entidades responsáveis pela redemocratização do País, daí a respeitabilidade que hoje goza. Quando surge um conflito todos querem ouvir a voz da OAB sobre o assunto” – afirma ela.
Essa nova filosofia de administrar a OAB foi empreendida no seu mandato, mas sem nunca perder de vista a célula-máter da instituição – o advogado. Durante sua gestão foram vários os enfrentamentos com os poderes constituídos em defesa da classe, mas de forma respeitosa a instituição e seus integrantes fortaleciam-se cada dia mais.
Para Maria Helena, a OAB é hoje um patrimônio, uma caixa de ressonância da sociedade em função do papel que tem desempenhado em defesa da população. Maria Helena assegura que quando se elegeu pela primeira vez, apesar da OAB-MT contar em seus quadros com um numero maior de homens inscritos (as mulheres eram minoria), jamais enfrentou qualquer preconceito machista, pelo contrário, contou com a valorosa contribuição de inúmeros colegas. Sua passagem pela instituição marcou um ciclo importante na sua vida “algo que jamais vou esquecer” – destaca.
