O Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral (MCCE) protocolou hoje, 26, no Tribunal Superior Eleitoral um documento pedindo ao ministro Joaquim Barbosa, relator dos processos contra os deputados estaduais Chica Nunes (PSDB) e Gilmar Fabris (DEM) e do deputado federal Pedro Henry (PP), rapidez no julgamento dos três, todos cassados por compra de votos.na eleição de 2006 e que continuam nos cargos por força de ações cautelares. O advogado do MCCE em Mato Grosso, Vilson Nery, foi a Brasília para acompanhar o encaminhamento do documento ao ministro do TSE. Apesar de uma recente decisão do Supremo Tribunal Federal de permitir a candidatura de pessoas com vida pregressa, o MCCE continua coletando assinaturas para pedir a aprovação de uma lei de iniciativa popular que negue candidatura a maus políticos.
“Os sucessivos afastamentos do deputado Fabris para tratamento de saúde, entregando o mandato aos suplentes, mais a decisão precária da medida cautelar geram grave distorção na democracia.E manter na Assembléia Legislativa de Mato Grosso a deputada Chica Nunes, com um pedido de prisão pendente, é uma violência ao Parlamento. Só o julgamento rápido pelo TSE pode oferecer segurança inclusive as testemunhas ameaçadas” – afirma o coordenador estadual do MCCE, Antonio Cavalcante Filho, o Ceará. Para ele, a demora da Justiça julgar processos como os que envolvem Chica Nunes, Gilmar Fabris e Pedro Henry podem desestimular a sociedade a fazer denúncias sobre corrupção eleitoral.
