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Túlio Fortes denuncia em Cuiabá corrupção na eleição em Cáceres

14/10/2008 20:24 | Eleição em Cáceres

    Abuso de poder econômico, compra de votos, uso da máquina administrativa para fazer campanha – estas foram algumas das acusações que o candidato a prefeito de Cáceres, Túlio Fortes (DEM), fez hoje, 14, em Cuiabá contra Ricardo Henry (PP), reeleito para a Prefeitura cacerense, durante entrevista coletiva concedida no Plenarinho da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso, em companhia do seu candidato a vice, deputado estadual Wilson Kishi. Além de um sumário de três processos em que o Ministério Público Estadual pede a cassação de Ricardo Henry, uma notificação de crime contra compra de voto, dois pedidos de inquéritos à Polícia Federal pelo mesmo motivo, Fortes apresentou também depoimentos de três mulheres que foram contratadas pelo candidato para trabalharem como fiscais no dia da eleição, mas na verdade eram para votar no candidato pepista, pois o prazo já havio se expirado.

     Conforme Túlio Fortes, mesmo fazendo uma campanha sem dinheiro e na base do corpo-a-corpo, utilizando bicicletas para manter reuniões com eleitores dos bairros e da zona rural – foram 182 passeios ciclísticos com finalidade política – ele sempre apareceu em primeiro lugar nas pesquisas.  Mas apesar dos 20.821 votos, foi derrotado. “Eu não estou chorando pela eleição perdida, mas apelo para que não só em Cáceres, mas em todo  Mato Grosso tenhamos eleições limpas.Vamos ajudar a democracia” – disse Túlio Fortes. O presidente da OAB, Francisco Anis Faiad, e o presidente do DEM, Oscar da Costa Ribeiro, prontificaram-se a interceder junto às autoridades policiais para apressarem a conclusão dos inquéritos que envolvam crimes eleitorais para que os políticos sejam julgados antes da diplomação dos eleitos.

     Durante a coletiva, um guarda da prefeitura de Cáceres, Carlos Bretas, que cuida de algumas idosas em sua casa, revelou que pediu para a Secretaria de Ação Social do município algumas telhas para recuperar o telhado de uma parte de sua casa, danificado pelas chuvas do ano passado. Recebeu o pedido, no valor de R$ 650,80. Mas como a nota fiscal da compra saiu em seu nome, assessores do prefeito queriam que as notas fossem devolvidas à prefeitura para que não ficasse caracterizada a compra de votos. Como ele se recusou, foi depositado um cheque de R$ 50 mil na conta de uma parenta dele, e cuja origem a Polícia Federal está investigando, em troca da nota fiscal. Como Bretas não devolveu o documento do materia_2009l de construção, ontem apareceu em seu celular, uma ligação feita de um orelhão, com o seguinte recado: “Se você abrir o bico, nós te apagamos...”

 

 

 

 

 


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