Foi libertado quarta-feira última, 3, o trabalhador rural Jeremias Batista de Souza, que havia sido preso no início de novembro em Juína, como suspeito de ter assassinado a advogada Irene Bricatti Paz dia 13 de abril de 2004 em Alta Floresta. Agora, a Polícia concentra esforços para prender um irmão de Jeremias, de nome Reginaldo, cujas características, conforme depoimentos de pessoas que presenciaram o crime, batem com as do pistoleiro que matou a advogada com vários tiros no peito e três na cabeça. Irene Bricatti Paz foi assassinada quando saía do seu escritório na hora do almoço acompanhada do seu marido, o também advogado Suetônio Paz, que foi alvejado com um tiro no braço. O autor dos disparos fugiu numa motocicleta pilotada por um comparsa que estava nas imediações do local onde o crime foi praticado.
O prazo da prisão de Jeremias Batista de Souza expirou no fim do mês de novembro e o delegado Luciano Inácio da Silva, da Delegacia de Repressão a Seqüestro, não teve argumentos para pedir à Justiça a prorrogação da sua detenção. O suspeito passou três semanas preso na Interpol em Cuiabá sendo interrogado por policiais da DRS e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco e provou que nada teve a ver com o assassinato de Irene Bricatti Paz, conforme o delegado Luciano Inácio. Ele comprovou que na época do crime estava trabalhando numa fazenda em Juara, mas fez revelações sobre possíveis causas que podem ter ligação com a morte da advogada e que a Polícia passa a investigar na tentativa de localizar os autores do crime. Com o depoimento de Jeremias, Reginaldo passa a ser o principal suspeito do assassinato, pois desde a morte de Irene Bricati Paz nunca mais foi visto em Alta Floresta.
