Ao tratar da questão envolvendo a produtividade e dos embates que travou ao longo dos dois últimos anos, o corregedor-geral do Tribunal de Justiça, desembargador Orlando de Almeida Perri, disse defender “teste de aptidão” como critério para ingresso na magistratura. Para ele, “a magistratura não pode ser uma profissão” porque, na verdade, “representa um sacerdócio”. Num estudo sobre o perfil de juízes, detectou-se que há magistrado que não tem vocação para o cargo que ocupa. “É uma minoria” – disse.
O corregedor-geral do TJ destacou que outro grande desafio da próxima gestão é dotar a própria Corregedoria de uma melhor estrutura para avaliação subjetiva do desempenho da magistratura. Ele disse que nem sempre o fato de o juiz julgar com celeridade significa que esteja atuando em casos que necessitem de uma intervenção mais firme da Justiça. “Há processos que precisam de um ação firme do juiz” – disse. Muitas vezes, esse processo não é julgado e outros mais fáceis acabam sendo privilegiados.
Ainda sobre a avaliação dos trabalhos, Perri destacou inúmeros programas e projetos desenvolvidos pela Corregedoria. Ele lembrou que o planejamento estratégico da Corregedoria previa a realização de aproximadamente 170 programas e projetos. “Fizemos muito, mas sei que ainda temos muito o que fazer. Há muito o que ser feito para melhoria das condições do nosso Judiciário” – comentou.
Ao término da sessão, Perri foi aplaudido de pé pelo conjunto do Conselho.
