A Ordem dos Advogados do Brasil, através da Subseção de Várzea Grande, designou dois advogados para acompanhar o inquérito policial envolvendo o caso do vereador de Cuiabá, Ralf Leite (PRTB). Segundo o presidente da entidade, Braz Paulo Pagotto, os dois advogados deverão acompanhar todos os passos processuais, até o possível encaminhamento da denúncia à Justiça. “É um caso rumoroso e que exige grande transparência. A Ordem dos Advogados quer garantir que todos os atos sejam concebidos dentro dos mais rigorosos aspectos da legalidade” – ele explicou.
Os advogados indicados para acompanhar o inquérito são Ana Maria Elias e José Arnaldo da Silva Barreto. Pagotto frisou que o caso atenta para um conjunto de crimes que precisam ser esclarecidos. De um lado, segundo ele, há um homem público denunciando atitudes incompatíveis de policiais; de outro, policiais que atuaram contra práticas de um vereador incompatíveis com a atitude de um homem público. “A OAB quer que isso tudo seja esclarecido ao tempo certo” – frisou o dirigente.
Dias após o fato, o vereador do PRTB registrou Boletim de Ocorrência em que sustenta a tese de que foi vítima de "armação" no episódio em que foi detido com um travesti menor de idade. No boletim também consta o relato de que Ralf não compactuou com a tentativa de extorsão que sofreu por parte de policiais.
No começo da semana, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Francisco Faiad, criticou a decisão da Câmara Municipal de Cuiabá de continuar pagando os salários do vereador. Segundo ele, a medida adotada pela Mesa Diretora era ineficaz e padecia de moralidade. Posteriormente, o presidente do Legislativo, Deucimar Silva (PP), anunciou que a Câmara não pagaria os vencimentos do vereador, que foi para Brasília anunciando busca de tratamento psicológico.
