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OAB quer esclarecer morte de trabalhador em assentamento

06/03/2009 19:18 | Esclarecimento

    O sepultamento de Ceverino Galdino da Silva, cujo cadáver foi encontrado dia 5 de maio de 2.008 no Assentamento Jacinto Simão, em União do Sul – 720 km ao norte de Cuiabá – e cuja morte foi atestada pelo médico legista que fez a necrópsia como “causa natural”, pode sofrer uma reviravolta. No final do mês passado, a viúva de Ceverino da Silva, Rosa Lima dos Santos Silva, procurou a Comissão de Direitos Humanos da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso e apresentou um CD, com várias fotos feitas pela Polícia Civil de Cláudia no local onde ele vivia e que mostram que ao contrário do que atestou o médico legista, seu marido foi assassinado.

     De posse das fotos e depois de ouvir Rosa Lima, a presidenta da CDH, Betsey Polistchuck de Miranda, encaminhou nesta quinta-feira, 5, um documento ao juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de Cláudia, requerendo a exumação do cadáver para uma nova necrópsia para comprovação se Ceverino da Silva morreu de morte natural ou foi assassinado, conforme atestam as fotos. De acordo com depoimento de Rosa Lima, o próprio Boletim de Ocorrência da Polícia Civil, que fez o levantamento no lote onde Ceverino da Silva foi encontrado já em estado de putrefação, registra que ele foi vítima de homicídio.

     Em seu pedido para exumação do cadáver de Ceverino da Silva, justifica Betsey de Miranda que diante das provas de que ocorreu um crime, conforme determinações legais é inválido o exame de um único médico legista. E a OAB quer que a verdade seja apurada – afirma a presidenta da CDH. Junto com as fotos que mostram várias feridas causadas por instrumento perfuro cortante no abdome de Ceverino da Silva, Betsey de Miranda encaminhou à Vara Criminal da Comarca de Cláudia o depoimento de Rosa Lima dos Santos Silva e de outros parentes do seu falecido, ao mesmo tempo em que pede a abertura de um inquérito policial para apurar a morte do trabalhador rural.


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