A Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso encaminhou novo pleito ao Tribunal de Justiça no sentido de assegurar melhorias na prestação jurisdicional na região do Araguaia, no leste do Estado. Uma das situações que exigem atenção especial é a cidade de Novo São Joaquim. Acompanhado do conselheiro José do Patrocínio, o advogado Marco Antônio Algodoal explanou ao desembargador Manoel Ornellas de Almeida, chefe da Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça, as dificuldades impostas pela falta de juiz na Comarca. “A pobreza é grande e há muito sofrimento” – disse.
O advogado explicou que as audiências ocorrem por lotes, em um dia apenas, quando um juiz é designado para ouvir as partes envolvidas em um processo.. “Ele vem de outra Comarca. Isso faz com que todas as audiências sejam marcadas para um único dia. As vezes, essas audiências avançam noite adentro, com as pessoas em pé, aguardando a hora de se apresentar em juízo. Muitas delas ficam até sem comer porque não têm condições de comprar um prato de comida. É triste” – afirmou Algodoal..
O corregedor Ornellas se disse, por sua vez, sensibilizado com a situação. Ele confirmou a carência de magistrados em Mato Grosso para atender a todas as comarcas. Pelas contas do Judiciário Estadual, precisam ser contratados 60 novos juízes para suprir a demanda. Há também carência elevada de servidores. “Ele prometeu estudar uma solução mais adequada diante dessa falta de estrutura” – destacou o conselheiro Patrocínio.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Francisco Faiad, tem demonstrado constantemente preocupação quanto a falta de magistrados e de servidores no Judiciário. Faiad já chegou a fazer alertas contundentes sobre os riscos de a Justiça do Estado ter que ser fechada por falta de estrutura. Para o presidnte da OAB, o problema em Novo São Joaquim é apenas um exemplo das muitas dificuldades que acontecem em todo Estado.
