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Assassinato de advogada completa 5 anos e OAB cobra solução

15/04/2009 18:20 | OAB cobra solução

    O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Francisco Faiad, assinou um novo ofício, destinado ao secretário de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Curado, pedindo mais uma vez que seja dada solução para o caso do assassinato da advogada Irene Bricatti Paz, de Alta Floresta. No último dia 13, o crime, cometido na porta do escritório da advogada, completou cinco anos sem solução. O único acusado de suposto envolvimento no caso, o trabalhador rural Jeremias Batista de Souza, que havia sido preso em novembro em Juína, acabou ganhando liberdade. Faiad adiantou que vai pedir a entrada da Polícia Federal no caso.

    “Cinco anos de um crime sem solução é uma marca que nos remete a várias interpretações” – disse o presidente da OAB. A começar, segundo ele, pela falta de interesse na elucidação do caso. “O tempo, que deveria forçar as investigações, afrouxaram os trabalhos, como se algo fosse cair no esquecimento” – lamentou. Irene Bricatti Paz foi assassinada quando saía do seu escritório na hora do almoço acompanhada do seu marido, o também advogado Suetônio Paz, que foi alvejado com um tiro no braço. O autor dos disparos fugiu numa motocicleta pilotada por um comparsa que estava nas imediações do local onde o crime foi praticado.

    As circunstâncias da morte da advogada são totalmente obscuras. Dias após o crime, o delegado especial designado para acompanhar o caso, Luciano Inácio, chegou a admitir as dificuldades para se chegar aos verdadeiros mandantes do crime. Na época, muitas pessoas diziam saber de coisas envolvendo o crime, mas evitavam falar. “Quando eram chamadas para depor, negavam o que sabiam” - frisou o delegado.

    Faiad disser ser lamentável que as autoridades policiais estejam tratando o crime como algo comum. “Já vimos pessoas serem mortas em plena selva amazônica e em menos de 10 dias ocorrer uma solução. Esse crime aconteceu no meio da rua de uma cidade importante e ninguém conhece as verdadeiras motivações e tampouco os criminosos” – assinalou.

    Francisco Faiad considerou o assassinato da advogada como “atentado às prerrogativas” da classe dos advogados e por isso considera fundamental o envolvimento da Policia Federal no caso. “É um crime que não pode ficar impune, especialmente pela repercussão que tem a cada ano que passa” – comentou. Daí, segundo ele, a importância da participação também da Polícia Federal no caso. Ele disse que pretende encaminhar expediente ao presidente do Conselho Federal da OAB, através da bancada de conselheiros federais, visando a atuação junto ao Ministério da Justiça para que um delegado federal também passe a investigar o caso.


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