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Perito do INSS denunciado a OAB por maltratar segurados

03/11/2009 15:21 | Perito do INSS

    Beneficiários do Instituto Nacional da Previdência Social (INSS) em Rondonópolis estão sendo tratados pelos seus peritos de forma indigna, “como se fôssemos ‘vagabundos’, pedindo esmolas”. Denúncia nesse sentido foi encaminhada à Comissão dos Direitos Humanos da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, como forma de “pedido de socorro”, pela bancária Nucy da Rocha Sona, que acusa o perito Marcelo Vieira de Lima de tê-la destratado e a atacado psicologicamente, quando ela foi se submeter a uma nova perícia no dia 26 de junho deste ano. A bancária decidiu recorrer à CDH da OAB, porque, conforme afirma, foi tratada com descaso ao denunciar o perito ao Conselho Regional de Medicina, a Ouvidoria do INSS e ao supervisor de Perícias em Rondonópolis, Mário Perrone.  

 

    Segundo Nucy, ela fez perícias no INSS de Rondonópolis, onde mora e trabalha, de março a novembro de 2001. Liberada para voltar ao trabalho, teve a doença agravada, entrou de licença de novo e desde março de 2004 passa por perícias. Inconformada com a atitude do médico Marcelo de Lima quando ela foi realizar a perícia marcada para no mês de junho, Nucy decidiu denunciar o tratamento indigno que os beneficiários do INSS em Rondonópolis estão recebendo dos peritos. Sobre as denúncias que fez, as informações que lhe foram repassadas até agora é que o CRM abriu sindicância para apurar o caso, enquanto a Ouvidoria informou apenas que lhe foi concedida uma prorrogação de licença por 90 dias, ignorando totalmente o relato da beneficiária.               

 

    Conforme depoimento da denunciante, no dia 29 de setembro, quando compareceu ao INSS para ser submetida a nova perícia, Nucy foi informada por uma servidora, a mando do médico Mário Perrone, que por problemas éticos e técnicos os peritos de Rondonópolis não poderiam atendê-la mais e que ela deveria se dirigir a Cuiabá para resolver o problema. Foi lhe informado também na ocasião que por causa de sua reclamação, o perito Marcelo de Lima não estava trabalhando. Mas ela nega essa versão e garante que o perito continua trabalhando, sim. Diante da negativa de atendimento, ela teve que vir a Cuiabá para ser submetida à perícia.

 

    A Assessoria de Imprensa da OAB tentou ouvir o perito, mas não conseguiu. Na primeira tentativa, ele se negou a informar seu nome completo, sob a alegação que pelo telefone não sabia com quem estava falando. No dia seguinte, foi feita nova tentativa de contato no seu local de trabalho, mas a informação transmitida por uma vacilante servidora do INSS é que o perito Marcelo de Lima tinha ido embora duas horas antes do fim do seu horário de trabalho, no período da manhã. À tarde a agência do INSS de Rondonópolis funciona, mas não atende ao público. E ninguém atende ao telefone.          

 

    De posse das denúncias de Nucy, a presidenta da Comissão dos Direitos Humanos da OAB, Betsey Polistchuck de Miranda, encaminhou expediente à Superintendência do INSS em Mato Grosso, anexando depoimento da beneficiária narrando todos os fatos ocorridos durante a perícia, inclusive abuso e desrespeito, envolvendo o médico Marcelo de Lima. Betsey de Miranda espera que diante da gravidade das denúncias de Nucy a direção do INSS em Mato Grosso tome as medidas cabíveis para evitar a repetição de fatos como os ocorridos em Rondonópolis. 
 
 
 


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