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Conselheiro da OAB vê crítica infundada e injusta de candidato a presidente

05/11/2009 08:07 | Critica ao presidente

    O conselheiro-tesoureiro da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Hélcio Corrêa Gomes, classificou como leviana e oportunista a crítica feita pelo candidato a presidente da entidade, João Vicente Scaravelli, que, ao participar de um programa de rádio, disse que a OAB está omissa na questão da crise na saúde pública municipal e atribuiu o fato à partidarização da entidade. “O que se pode notar preliminarmente é que essa atitude  demonstra uma pessoa muito mais preocupada com a eleição na OAB, do que com os acontecimentos e trabalhos desenvolvidos em sua própria casa, a Ordem, a qual critica somente agora de maneira pueril e cruel” – respondeu o conselheiro, indicado para representar a Ordem nas discussões sobre o tema.

    Hélcio disse que Scaravelli "não tem direito de fazer crítica desta natureza", porque desde o começo da crise na saúde municipal ele demonstrou estar divorciado da questão. O conselheiro lembrou que chegou a chamar o então presidente da Caixa de Assistência para participar dos debates e reuniões entre os médicos e o poder público, mas João Vicente se negou sob a alegaçao de que não tinha "tempo agora" por causa do  período eleitoral. Scaravelli, lembra Hélcio, disse: "Tome a atitude que for necessária que nós referendamos no conselho da Ordem”.

 

    Para Hélcio, essa atitude "demonstrou naquele momento o compromisso escasso que ele (Scaravelli) tinha com o assunto do PSMC. Portanto, não pode João Vicente abrir sua boca com validade e seriedade para fazer tal crítica de cunho eleitoreiro ” – acentuou.

    “A OAB de Mato Grosso – acrescentou o conselheiro –  jamais deixou de participar de qualquer reunião para tratar do assunto". Em sua participação, a Ordem esteve "defendendo os direitos dos usuários da rede de saúde municipal a todo custo e com galhardia, enfrentando prefeito, secretário e médicos radicalizados".  Hélcio disse que cobrou o retorno às atividades no PSMC em nome da população mais carente e exigiu um "plano factível" para se fechar o PSMC para reforma. "Lutamos contra a terceirização dos serviços públicos e exigimos a prestação de contas dos gastos efetivados"  ele relatou.

 

    Hélcio frisou que a OAB esteve  presente em todas as mesas redondas colocando-se ao lado dos médicos, quando entendia que a exigência era cabível e contra quando descabida.  "O prefeito chegou a reclamar contra minha intervenção insistente pelo social.  Inclusive, a principal proposta para tentar colocar fim ao movimento com retorno ao atendimento da população no PSMC com atendimento parcial das reivindicações dos médicos saiu da OAB ao demonstrar que o impacto na folha de pagamento não atingia sequer o limite de gastos de 54% com assalariamento" – disse. Os dados municipais apresentados, segundo o conselheiro da OAB, "não podiam sofrer avaliação estática ou linear como estava sendo feita”.

 

    A indicação do conselheiro-tesoureiro Hélcio Correa para representar a OAB na crise da saúde foi feita pelo presidente Francisco Faiad e referendada pela Diretoria da Ordem por causa de sua capacidade e conhecimento em Direito Administrativo e Orçamentário e habilidade em negociações sindicais.

    Corrêa Gomes disse que Scaravelli acima de tudo tornou-se um estranho ou oportunista político ao mostrar-se  desconhecedor inusitado e inesperado dos fatos. Está desenvolvendo uma campanha na desinformação de marketing do vale tudo ou perdeu o juízo – afirma. “Ele deveria ao menos ler os jornais da cidade, conversar comigo e perguntar como iam as coisas na crise da saúde e se precisava de ajuda". Para Hélcio Correa, a atitude de Scaravelli foi "tresloucada" ao usar o  microfone de uma rádio, "dizendo o que não devia ou podia dizer como cidadão de bem e que quer ser honrado e dirigir a entidade  dos advogados".

 

    A Ordem dos Advogados do Brasil, conforme o conselheiro, tem "compromisso inarredável com o Estado Direito Democrático, que outorga direto a saúde aos concidadãos mais pobres em igualdades de condições com os mais afortunados”. Ele sugeriu  ao candidato da OAB Independente que leia o artigo que fez publicar no jornal "A Gazeta", onde trata da greve dos médicos locais e questão da saúde pública municipal. "Se a administração municipal local ou PSDB tiver a OAB como amiga não precisa mais de inimigo partidário"- ironizou, ao reafirmar que  a crítica de João Vicente Scaravelli foi oportunista.

 

    Nesse sentido, o conselheiro-tesoureiro, também, condenou a atitude de Scaravelli quanto ao uso da máquina pela candidatura de Cláudio Stábile. Segundo ele, a denúncia vazia é infundada e carece de um mínimo de respeito ao eleitor. “Ele pode fazer a crítica que quiser, mas não posso aceitar que sejamos classificados como irresponsáveis e iguais aos políticos denunciados pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral. A Ordem tem dado demonstração de transparência e credibilidade em todos os seus atos e ações" – observou.

 

    "O pior é que o senhor Scaravelli sabe disso e está sendo cruel e/ou politiqueiro ao agir desta maneira terrificante e oportunista no mau sentido” - acrescentou Hélcio. E ao finalizar, exortou o candidato que se diz oposicionista a "retornar à razão, o bom senso político e ético": "Fazer campanha eleitoral sem destruir com os pés o que muitos antes de nós e nós mesmos construímos com suor e trabalho digno com as mãos – disse.
 
 
 
 
 
 

 


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