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Mais uma denúncia de violência policial é feita à OAB

16/11/2009 18:17 | Denúncia de viõlencia policial

    A delegada Alana Delenes Cardoso, o chefe de Operações Jesse James de  Figueiredo e os agentes Leandro e Marcão, todos do Cisc Oeste do bairro Verdão, foram denunciados ao corregedor geral de Polícia Civil de Mato Grosso, Paulo Rubens Vilela, por crime de tortura e abuso de autoridade contra o detento João Henrique da Costa Duarte Rabelo. A denúncia foi feita pela presidenta da Comissão dos Direitos Humanos da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Betsey Polistchuk de Miranda, com base em depoimento feito de próprio punho por João Henrique ao seu advogado Ronei Augusto Duarte. Ao mesmo tempo, Betsey pede àquela autoridade que “diante das acusações descritas” sejam apuradas as responsabilidades contra a delegada e os agentes daquela delegacia do Verdão.

 

    Por outro lado, o advogado de João Henrique, Ronei Augusto Duarte, denunciou as arbitrariedades policiais à juíza da 3ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, que foi quem deferiu a autorização da prisão temporária do seu cliente a pedido da delegada Alana Delenes Cardoso, solicitando também que ele seja submetido a exame de corpo de delito para comprovação da tortura sofrida na Delegacia de Polícia do Verdão. Acusa também o advogado, que a tortura contra João Henrique foi praticada sob a total conivência das demais autoridades policiais presentes naquela delegacia, onde seu cliente foi obrigado a assinar diversas folhas de papel sem ler o que estava escrito.    

 

    Narra João Henrique, que atualmente está preso no Centro de Ressocialização de Cuiabá, no bairro Carumbé, que no dia 17 de agosto deste ano, por determinação da delegada Alana Cardoso os policiais Figueiredo, Leandro e Marcão e outro cujo nome não sabe, o levaram para uma sala do Cisc Oeste e iniciaram uma sessão de tortura com chutes pelo seu corpo e socos e tapas em sua cara. E só pararam de torturá-lo quando João Henrique, para não apanhar mais, concordou em assumir crimes que os policiais queriam que ele confessasse que tinha cometido. Na denúncia encaminhada à Comissão de Direitos Humanos da OAB, o advogado Ronei Augusto Duarte anexa várias fotos que fez de João Henrique, localizado dias depois da sessão de espancamento numa cela do raio 5 da Penitenciária Central de Cuiabá. Apesar de decorridos 4 dias da sessão de tortura, as fotos, feitas com um telefone celular, comprovam o espancamento.

 

    Revela ainda João Henrique que não denunciou o grupo de policiais à época da tortura no Cisc Oeste com medo de represálias. Mas como as arbitrariedades dos policiais continuam, ele resolveu levar os fatos ao conhecimento das autoridades. Afirma ele que no dia 19 de outubro foi receber o dinheiro de uma camiseta de uma pessoa identificada como Marcos na Avenida Ipiranga e acabou preso pelo policial Figueiredo que o envolveu no roubo de um veículo Golf que tinha sido roubado no dia anterior, um domingo, às 19 horas. Neste dia e horário ele estava em sua residência na rua Leônidas Mota, s/n, no Jardim Goiabeiras – garante. “Desta vez não me bateram, mas forjaram um flagrante contra minha pessoa” – acusa João Henrique.

 


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