Uma trégua até o Conselho Nacional de Justiça se posicionar sobre o pagamento dos atrasados dos servidores da Justiça – Unidade Real de Valor (URV), férias parciais, licença-prêmio, horas extras nos finais de semana, etc. – este foi o pedido que o vice-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Paulo Cunha, fez nesta segunda-feira ao presidente do Sindicato do Poder Judiciário, Rosenwal Rodrigues dos Santos,.para por fim à greve que já dura uma semana e tem causado todos os tipos de problemas para os advogados e à população. O pedido foi feito ao final de uma reunião que durou mais de duas horas no gabinete da vice-presidência. Foi a segunda tentativa de se chegar a um acordo sobre a paralisação, pois na reunião anterior, realizada quinta-feira passada, não houve qualquer avanço nas negociações entre as duas partes.
“Eu não decido nada. Quem decide são os servidores do Judiciário que estão em assembleia permanente” – afirmou o presidente Rosenwal dos Santos. Ele confirmou ao desembargador Paulo Cunha que vai levar seu pedido aos grevistas nesta terça-feira, às 12 horas. Nesse horário, quando começa o expediente no Fórum, haverá um manifesto dos grevistas, que inclusive assinam diariamente uma lista paralela de presença no local de trabalho. Como não houve nenhum acordo na reunião de quinta-feira passada, a assembleia permanente votou pela continuidade da paralisação por tempo indeterminado. Preocupada com o aalaongamento da greve, a OAB encaminhou requerimento ao ministro-corregedor do CNJ, pedindo a suspensão de prazos dos processos que tramitam na Justiça, mas até agora não recebeu nenhuma posição do órgão sobre o pedido.
