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Greve do Judiciário continua; OAB recorre de novo ao CNJ

24/11/2009 19:13 | Greve do Judiciário

    A paralisação dos servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso, iniciada dia 16 do em curso, com previsão de durar no máximo uma semana, vai continuar por tempo indeterminado. A decisão dos grevistas foi tomada nesta terça-feira ao final da assembléia geral realizada defronte ao Fórum de Cuiabá, no Centro Político Administrativo, quando foi lida a ata de uma reunião realizada na segunda-feira no gabinete do vice-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Paulo Cunha, que pedia uma trégua aos servidores da Justiça para facilitar as negociações entre as duas partes sobre as reivindicações dos trabalhadores do Poder Judiciário.

 

    Diante do endurecimento da greve, a Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso deve recorrer de novo amanhã, 25, ao Conselho Nacional de Justiça, pedindo que o órgão determine ao Tribunal de Justiça do Estado a suspensão dos prazos processuais. Com a greve, que entra nesta quarta-feira no 10º dia, nem advogados e nem as partes interessadas têm tido acesso aos autos dos processos, com graves prejuízos para toda a sociedade. “O presidente da Ordem, Francisco Faiad, tem reiterado seu apoio às reivindicações dos servidores da Justiça, mas a OAB está fazendo de tudo e vai às últimas consequências para defender os advogados e a sociedade” – afirma Marcondes Raí Novack, da Procuradoria Jurídica da instituição.

 

    De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário, Rosenwal Rodrigues Santos, os grevistas não se conformam com a relutância do Tribunal de Justiça de atender suas reivindicações: pagamento da diferença da URV, de partes das férias que todo trabalhador pode negociar, de licença-prêmio, de horas extras nos finais de semana, etc. Segundo os servidores da do Poder Judiciário, o TJMT alega que dependendo de autorização do CNJ para efetuar o pagamento desses direitos. Mas conforme o presidente do Sindicato do Poder Judiciário, no caso dessas reivindicações dos trabalhadores, o TJMT pode efetuar o pagamento, sim, sem depender do CNJ. “É só querer pagar” – garante Rodrigues Santos.

 


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