"É importante que a mulher seja ouvida e orientada, mas é essencial que ela se sinta acolhida", afirmou a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Gisela Cardoso, durante a inauguração da Ouvidoria da Mulher do Tribunal Regional do Trabalho 23ª Região, no fim da manhã de quarta-feira (05).
De acordo com Gisela, esse tipo de espaço, para a mulher poder apresentar as suas queixas e necessidades, é mais do que necessário. "A OAB tem essa preocupação e trabalha para acolher as mulheres, trabalhando no combate ao assédio sexual, o assédio moral e a violência contra a mulher. A iniciativa do TRT é muito importante e demonstra que, cada vez mais, estamos, todos, preocupados em lutar para construir um mundo sem discriminação", ressaltou.
“Como um país tão amado e acolhedor pode ser tão cruel com as suas mulheres?”, questionou a desembargadora Tânia Reckziegel, ouvidora nacional da Mulher do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ao lembrar que o Brasil é o 5º país que mais mata mulheres no mundo. Para ela, a violência contra mulher é algo estrutural, cultural, que precisa ser mudado, com o engajamento de todos. “Precisamos de ações concretas, como essa do TRT e como as realizadas pela OAB, que também implantou a Ouvidoria da Mulher em todo o território nacional”, citou.
Primeira Ouvidora da Mulher do TRT-MT, a desembargadora Maria Beatriz Teodoro disse que o Tribunal passa a contar com um importante espaço público que integra serviços, visa um atendimento completo e humanizado, ampliando a rede de apoio às vítimas que se encontram em um momento vulnerável. “A Ouvidoria da Mulher é uma ferramenta exclusiva para que as mulheres possam apresentar as suas denúncias, com segurança e sigilo”, explicou.
Além da presidente da seccional, Gisela Cardoso, a presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB-MT, Glaucia do Amaral, participou da solenidade.
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Judite Rosa
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