Representantes das forças de segurança pública e da sociedade civil organizada de Mato Grosso debateram nesta segunda (04), no auditório da OAB-MT, o projeto de implantação de câmeras corporais em uniformes de policiais. O Seminário “Segurança pública e tecnologias de monitoramento” foi promovido pela Ouvidoria Geral de Polícia de Mato Grosso e Secretaria de Segurança de Estado de Segurança Pública (SESP-MT), com apoio da Ordem e do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
“A OAB-MT sente-se extremamente honrada em sediar este debate e também por colaborar com tão importante discussão. É um assunto que está em voga, uma tecnologia que já está sendo utilizada em vários estados, mas, considerando que são realidades diferentes, precisamos debater e analisar com calma e objetividade todos os possíveis reflexos, sejam positivos ou negativos, e, a partir daí, buscar sempre o melhor caminho. Nossa intenção é sempre exaurir o debate, esclarecer as dúvidas e para isso, eventos como estes são fundamentas”, afirmou Gisela Cardoso.
A programação contou com palestras de representantes das Polícias Militares de São Paulo e Santa Catarina, que apresentaram as suas experiências com o uso dos equipamentos em seus estados. A presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, destacou o comprometimento da Ordem com este debate e com qualquer outro que vise o fortalecimento da segurança pública em Mato Grosso. Em setembro de 2021, a Seccional já havia realizado um seminário que reuniu poder público e especialistas em segurança pública para debater o uso de câmeras corporais pela PM.
Segundo o ouvidor-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, Lucio Andrade, as câmeras corporais são importantes porque resguardam o trabalho policial e dão transparência às ações dos profissionais. “Nossa função é provocar e propor políticas públicas na área de segurança pública e pensar isso junto com a sociedade civil e as instituições. Este é um assunto complexo, que exige muito debate. Os números, em outros estados que já fazem uso, apontam bons resultados, mas sabemos, por exemplo, que aqui ainda temos muitos problemas de falta de estrutura para as forças de segurança no estado. Então, se formos implementar esse projeto, várias questões precisam ser consideradas, como recursos, prioridades de investimentos e etc.”, pontuou o ouvidor.
O evento também contou com a participação do deputado estadual Wilson Santos; do Delegado Geral da Polícia Judiciária Civil, Mário Demerval Aravechia; do Comandante Geral da PM, coronel Alexandre Côrrea Mendes; do Corregedor-geral da Justiça do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador José Zuquim; do secretário-geral do Ministério Público Estadual (MPE-MT), Milton Matos; do presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Inácio Werner; e do presidente da Federação de Conselhos Comunitários de Segurança de Mato Grosso, Danilo Moraes.
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Mel Mendes
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