Foto: SINDISPEN
Após reunião com membros da diretoria da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) na sexta-feira (31.12) os policiais penais decidiram suspender a greve que durou 19 dias.
A decisão foi tomada em assembleia-geral realizada nesta segunda-feira (03.01), na qual a maioria das lideranças ligadas ao Sindicato dos Policiais Penais (Sindspen) optou por acolher a sugestão da OAB para que o movimento grevista fosse interrompido e, dessa forma, possam ser retomadas as negociações junto ao Governo do Estado.
“O próximo passo agora será uma reunião entre a categoria e o Governo do Estado na quarta-feira (5), pela manhã com a participação da OAB. Na tarde do mesmo dia, uma nova assembleia será realizada para que sejam discutidas as contrapropostas do Governo”, informa o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MT, Flávio Ferreira, que tem acompanhado as negociações.
A OAB-MT já fez duas reuniões com representantes do Sindspen para pedir uma solução referente ao movimento grevista, que tem prejudicado o acesso das famílias aos presídios, e principalmente, o de advogados que atuam na defesa dos recolhidos.
Na reunião realizada no dia 27 de dezembro, o então presidente da OAB-MT, Leonardo Campos, chegou a alertar para a situação de “vulnerabilidade” que os presídios se encontram em razão do movimento grevista.
De acordo com informações do Sindspen a reivindicação da categoria é por melhorias salariais, entre outras solicitações. Apesar disso, a greve foi declarada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso que impôs multas diárias de R$ 200 mil ao sindicato, além de punições como multas e até prisão aos policiais penais que desobedecem a ordem de retorno ao trabalho.