PRERROGATIVAS, UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA!

A conselheira federal e advogada que atua em Mato Grosso, Ana Carolina Barchet agora é presidente da Comissão Nacional de Direito Ambiental da Ordem dos Advogados do Brasil. Ela tomou posse na sexta-feira (18). 

 

Como primeiro ato, viajou no sábado (19) ao Pantanal Mato-grossense com parlamentares do Senado e Câmara Federal em missão que buscou avaliar de perto a catástrofe ambiental causada pelos incêndios que já destruíram mais de 2 milhões de hectares do bioma, segundo dados do Inpe.

 

Imagens divulgadas pela imprensa comovem o país, não só pelo impacto na paisagem, mas também por atingir diretamente o homem pantaneiro e gerar danos imensuráveis à natureza, como destruição da paisagem e mortandade de animais.

 

Dado o momento de grande tensão ambiental, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso, Leonardo Campos, considera a escolha do nome de Ana Barchet, uma decisão acertada.

 

“No momento em que vivemos uma das piores crises da história de Mato Grosso, em que a maior biodiversidade do planeta corre sérios riscos, a presença de uma advogada mato-grossense na presidência de uma comissão de tamanha relevância é fundamental para nosso Estado. Mato Grosso mais uma vez está no centro e conduzindo as discussões. Tenho certeza que fará um belo trabalho à frente da comissão”.

 

O anúncio de sua posse foi feito na Sessão Extraordinária do Pleno da OAB-MT, realizada no dia 18. A vice-presidente, Gisela Cardoso, destacou que Ana está fazendo história. “Ela é a primeira mulher advogada de Mato Grosso, a assumir uma comissão nacional. Motivo de orgulho, confiança e alvo de nosso apoio para o que for preciso”.

 

Ana Barchet diz que pretende corresponder à presidência de uma das comissões de tamanha relevância e ressalta que a vivência na área a preparou. “Em um momento como estes é primordial que o Estado tenha voz neste debate, principalmente agora em que os olhos dos organismos internacionais estão voltados para Mato Grosso”.

 

À frente da presidência, ela deseja defender uma postura conciliadora entre o desenvolvimento econômico e preservação da natureza. Não há como frear o desenvolvimento econômico, ressalta.

 

“Mas defender práticas sustentáveis. E é preciso estar em alerta para cobrar políticas de prevenção, para que não precisemos chegar a este ponto que chegamos agora, de descontrole: deterioração do meio ambiente e de imensurável impacto econômico na renda do homem pantaneiro”. 

 

 

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