Nesta quarta-feira (29), um projeto pioneiro entra em ação na Penitenciária Ana Maria do Couto May, em Cuiabá. Mais que promover a ressocialização, a iniciativa resgata a autoestima de mulheres, relembra a história da Capital mato-grossense e abre um novo e promissor mercado para fomentar a economia do município.
Fruto da parceria entre Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Vara de Execuções Penais, Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT), Fundação Universidade Federal de Mato Grosso (FUFMT), Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), Conselho da Comunidade da Execução Penal da Comarca de Cuiabá, Fundação Nova Chance (Funac) e Associação Cultural Cena Onze, o projeto RefloreSer consiste no plantio de flores e plantas ornamentais para a comercialização.
Inspirado na Cuiabá da segunda metade do século passado, quando a rua Joaquim Murtinho, endereço da Cadeia Pública de Cuiabá, era ponto conhecido dos amantes da floricultura que costumavam ir até o local para comprar as rosas cultivadas na unidade prisional.
Agora, as sementes dessa nova história serão plantadas por mulheres com idade entre 25 e 60 anos, recuperandas da Penitenciária Ana Maria do Couto May que, enquanto cultivam flores e plantas, desfrutam a chance de remição de pena, se capacitam para uma nova atividade profissional e resgatam a sua autoestima.
O trabalho será desenvolvido em uma área de aproximadamente 800 metros quadrados construída dentro da unidade e metade do valor obtido com a venda das flores será destinado às trabalhadoras e a outra metade investida na manutenção do projeto.
Economia – Em entrevista publicada pelo Governo de Mato Grosso em dezembro do ano passado, a pesquisadora da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Eliane Forte Daltro, destacou que a floricultura representa um dos mais promissores segmentos do agronegócio contemporâneo.
O mercado de flores tem se mostrado crescente no país desde a década de 90 e, de acordo com o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), somente em 2017 foi de 9%, movimentando mais de R$ 7,2 bilhões e gerando 200 mil empregos no país em toda a sua cadeia.
RefloreSer – É um projeto de ressocialização desenvolvido de forma pioneira na Penitenciária Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, envolvendo a capacitação e trabalho de recuperandas no cultivo de flores de corte e plantas ornamentais.
A iniciativa será inaugurada nesta quarta-feira (29) às 8h30.
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