Foto: Luiza Zanella
Um projeto inédito de ressocialização garante a 600 reeducandos uma oportunidade de trabalho na Prefeitura de Cuiabá. Para marcar o início da jornada de trabalho, uma solenidade reuniu 40, dos 100 primeiros contemplados, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) na manhã desta terça-feira (30). A primeira fase do projeto chamado de ArvoreSer tem início na próxima segunda-feira (5) com a contratação dos primeiros 100 servidores.
Realizada pelo Conselho da Comunidade da Execução Penal de Cuiabá (Concep), Fundação Nova Chance (Funac), Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Prefeitura Municipal de Cuiabá, Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso (DP/MT) e OAB-MT, a iniciativa visou reforçar aos reeducandos a importância do projeto.
Procurador-Geral de Cuiabá, Luiz Antonio Possas de Carvalho lembrou que esta é a primeira vez que recuperandos da Penitenciária Centra do Estado (PCE) têm a oportunidade de realizar um trabalho extramuros. “A oportunidade está dada. Façam bom uso disso”, destacou.
Mais que a remição de pena, a proposta visa garantir a reinserção dos reeducandos na sociedade e no mercado de trabalho. Na próxima semana, 100 recuperandos da PCE e do Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC) iniciarão os trabalhos de serviços urbanos da Capital.
Conforme o convênio intermediado pela OAB-MT e firmado entre a Prefeitura, Funac e Concep, os novos servidores municipais terão remuneração mensal de um salário mínimo, representando uma economia aos cofres públicos.
Ao todo, serão contratados 600 reeducandos, sendo 50 por mês a partir da próxima etapa.
“Nos sentimos felizes e honrados em estar vivendo este momento histórico”, destacou o presidente em exercício da OAB-MT e representante da entidade no Concep, Flávio Ferreira. Ele destaca que em um momento de intolerância, este ato de amor deve ser repensado por toda a sociedade.
Falando em nome dos recuperandos do projeto, João Batista, que inicia sua jornada como servidor municipal na próxima segunda-feira (5) ressaltou que é o amor das pessoas que os dará o acesso à reinserção na sociedade.
De acordo com o defensor público da Execução Penal, André Rossignolo, a responsabilidade é alta, mas os escolhidos para o projeto têm competência e devem focar no coletivo. “A evolução sempre foi uma marca no nosso sistema de ressocialização. Temos que ser resilientes, combativos e ter coragem para enfrentar qualquer força que venha tentar destruir o que construímos até aqui”.
Juiz da Vara de Execuções Penais, Geraldo Fidelis lembra que não foi fácil tirar o projeto do papel. “Foram cinco anos para chegarmos até aqui”, destacou ao ressaltar a responsabilidade dos participantes para que a iniciativa dê certo e prospere.
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