O combate aos crimes de gênero mobilizou a Subseção de Sorriso da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) e parceiros para realizar uma sequência de eventos e sensibilizar a população local sobre o tema. Com o lema “Eu escolho uma vida sem violência. E você?”, integrantes da subseção, membros dos poderes Executivo e Legislativo e do Ministério Público Estadual promoveram palestras abordando a violência doméstica contra a mulher e as questões atuais da Lei Maria da Penha.
As atividades iniciaram com sensibilizações em locais de trabalho onde a maioria dos profissionais é masculina, como as secretarias de Obras e Transporte de Sorriso e uma construtora da cidade.
“Começamos a fazer um trabalho na Secretaria de Obras com os homens, na Secretaria de Transporte também, com cem funcionários de uma construtora falando sobre esse tema que é de grande relevância. Hoje, as estatísticas nos mostram que ainda é preciso combater, falar sempre, porque tem aumentado cada vez mais o número de violência contra a mulher e violência doméstica. E nossa cidade está lá entre aquelas onde o índice é mais crescente”, informou a presidente da OAB Sorriso, Cláudio Negrão.
Voltada à sociedade em geral, a palestra da promotora criminal de Cuiabá, Lindinalva Rodrigues Dalla Costa, foi oferecida na sede da seccional e mobilizou a participação do público. Ela tratou da necessidade de a mulher observar o princípio das agressões e já denunciar logo no início, para que novos fatos ainda mais graves não ocorram.
“As mulheres têm um sentimento introjetado de que muitas delas se acham responsáveis pela própria agressão, por conta do julgamento da sociedade, que coloca as mulheres como as responsáveis pela a harmonia familiar. Ela acaba, então, dando outra oportunidade e, nessas oportunidades, chega a sofrer uma violência mais grave”, alertou a promotora.
Também responsável pela realização dos eventos, a presidente da Comissão de Direito da Mulher da Subseção de Sorriso, Daniela Bergamaschi, lembrou que a violência doméstica não escolhe classe social e, para combate-la, é necessário que o assunto nunca saia de pauta.
“O dano é iminente. Tá acontecendo, é uma realidade e podemos ver que não é algo distante de nós. Não existe classe social, o grau de instrução não importa. A violência existe em vários lugares e a gente está aqui para combatê-la”, mencionou a advogada.
Os encontros foram alusivos a 25 de novembro, quando é celebrado o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher. As palestras foram ministradas ao longo da semana.
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