Atendendo à solicitação da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), o Comando Geral da Polícia Militar informou que já adotou medidas junto à Corregedoria do órgão para averiguar a conduta de um de seus membros, lotado no município de Nova Guarita, que estaria atuando em favor de acusados de agressão contra assentados locais.
A denúncia foi feita pela OAB-MT ao Comando Geral da PM em setembro, depois que organismos que atuam na defesa de vítimas de conflitos agrários em Mato Grosso procuraram a entidade. Elas solicitaram o apoio da Comissão quando registradas ocorrências de agressão física e cárcere privado contra moradores do Assentamento Raimundo Vieira III, do Instituto Nacional de Colonização Agrária (Incra), sem providências das forças policiais. As agressões seriam orquestradas por uma família de fazendeiros da cidade que teria um policial militar atuando em seu favor.
“Diante do exposto, informo à vossa excelência que esta instituição tomou conhecimento das denúncias e já adotou medidas junto à Corregedoria Geral da PMMT para fins de apuração pormenorizada dos fatos”, informou o comandante-geral da PM, coronel Marcos Vieira da Cunha, à presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MT, Betsey de Miranda.
Outra medida adotada pela OAB-MT foi o pedido ao Ministério da Justiça para intervenção da Polícia Federal, cuja sede mais próxima fica em Sinop, para atuar na questão dos conflitos agrários. No conteúdo do pleito, a advogada Betsey Miranda relembrou a recente chacina ocorrida em Mato Grosso, no município de Colniza, em que foram mortas nove pessoas em virtude de disputas por terra. Nos últimos três anos, são nove chacinas ao todo, com o saldo de 55 mortos em Mato Grosso, ainda nos municípios de Alta Floresta, Aripuanã, Jauru e Juína.
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