Elas já são quase a maioria no Direito, nos escritórios e até mesmo nos cursos superiores, mas ainda têm seus direitos suprimidos diariamente.
Com o espaço garantido e consolidado na Subseção de Sinop da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), em especial advogadas atuantes como presidentes de comissões temáticas e na diretoria, é fato que as mulheres advogadas de Sinop e região já conquistaram o seu lugar na entidade, mas nem tudo é comemoração. É o que alerta a presidente da Comissão dos Direito da Mulher Advogada, Cintia Beline.
“Se as mulheres não forem a maioria dos advogados da cidade, estamos bem perto disso. Conseguimos muitos avanços, mas ainda temos muito para lutar”, destaca.
Mais do que a equiparação de lucros e ganho financeiro, que atualmente mantêm a mulher com o rendimento 30% menor do que os homens no mesmo cargo, a luta também é pelo respeito à profissional feminina.
“Nós sempre estamos trabalhando para o empoderamento da mulher, com palestras, cursos, seminários e quaisquer ferramentas que garantam um avanço na categoria e na sociedade”, ponderou Cintia.
Recentemente Sinop sediou a Conferência Estadual da Mulher Advogada com uma boa adesão.
Mas o fato é que a caminhada ainda é grande, não apenas na luta dos direitos, mas também na manutenção deles e, principalmente, no respeito às profissionais.
“Infelizmente, ainda temos que fazer muito o uso do ato de desagravo contra o desrespeito às prerrogativas das mulheres, principalmente no que diz respeito ao direito criminal, e o problema ainda ocorre em outras áreas de atuação”, explicou.
Mayla Miranda / Conexão Assessoria