A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) repudia veementemente a maneira truculenta com que o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) tratou a advogada Daniela Teixeira, vice-presidente da entidade no Distrito Federal (OAB-DF) durante sessão da Comissão-Geral sobre a Violência Contra a Mulher realizada na quarta-feira (14) na Câmara Federal.
Secretária-geral adjunta da OAB-MT e presidente da Comissão de Direito da Mulher, Gisela Cardoso declarou o apoio da Seccional à advogada Daniela Teixeira e destaca que a entidade mais uma vez, reforça seu compromisso na defesa da advocacia e da mulher advogada.
“A conduta do parlamentar representa o que a sociedade não pode mais tolerar, que é uma postura antidemocrática, truculenta, de intolerância e desrespeito à mulher e à advocacia. O posicionamento da advogada Daniela Teixeira, vice-presidente da OAB-DF e membro da Comissão Nacional da Mulher Advogada demonstra que a mulher advogada não se intimidará na luta contra toda forma de discriminação, desrespeito e violência contra a mulher, pautando-se sempre pelos princípios da igualdade e da busca da democracia”, assegurou.
O Conselho Federal da OAB e o Conselho Pleno da Seccional do Distrito Federal já emitiram o posicionamento de repúdio veemente à forma truculenta do deputado Jair Bolsonaro.
O fato ocorreu após o parlamentar ouvir discursos que faziam referências a autoridades que incitam violência contra as mulheres. O deputado passou a pressionar a presidente da mesa de trabalhos, Maria do Rosário (PT-RS), a ocupar o microfone e irritou-se no momento em que a advogada Daniela Teixeira, que representava a OAB no evento, cobrou providências contra os agressores.
“Enquanto esses agressores não forem punidos, a violência não vai diminuir”, disse Daniela. “Eles devem ser punidos, seja quem for. Seja o marido da vítima, seja o coronel que abusa de uma criança de dois anos, seja o promotor que abusa de uma vítima durante uma audiência ou seja um deputado que é réu em uma ação já recebida no Supremo Tribunal Federal.”
Do plenário, aos gritos, o parlamentar perguntava quem seria esse deputado. A vice-presidente não se intimidou: “É o senhor, sim, deputado Jair Bolsonaro!”
A partir deste momento, a sessão foi marcada por xingamentos e tentativas de prejudicar o andamento das discussões. Por conta de ameaças ouvidas no plenário, ao sair da Câmara dos Deputados a vice-presidente foi escoltada por diversos assessores, parlamentares, militantes e pela polícia legislativa.
“Estou perplexa com o fato de que, na Casa dos representantes do povo, num debate de ideias no qual se discute justamente a violência contra a mulher, aconteçam cenas dantescas como esta”, afirmou Daniela Teixeira. “As vozes do atraso podem gritar e espernear, mas não vão calar a OAB, muito menos as mulheres advogadas”, ressaltou a vice-presidente da OAB/DF.
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