Quebrar paradigmas e mudar a cultura do litígio, assim o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil- Seccional Mato Grosso (OAB-MT) Leonardo Campos definiu o instituto da mediação na abertura da palestra “Como advogar na mediação” no auditório da entidade nesta terça-feira (16). A palestra foi ministrada pelo advogado Marcelo Rodante, um dos fundadores do Instituto Brasileiro de Práticas Colaborativas (IBPC).
A vice-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e presidente do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC) Clarice Claudino realizou a abertura do evento.
Um dos temas mais atuais do mundo jurídico, evidenciado com a entrada em vigor do novo Código de Processo Civil (CPC) no início deste ano, o incentivo à mediação e conciliação também foi alvo de parceria firmada recentemente entre OAB-MT e Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) para incentivar a capacitação de advogados.
O presidente da OAB-MT Leonardo Campos afirmou que a entidade levará seu incentivo para os advogados, inclusive nas Subseções em todo o Estado. “Precisamos quebrar paradigmas e mudar a cultura do litígio que até então permeia o dia a dia da advocacia, do Judiciário, do Ministério Público, e a partir de 2010 com a Resolução isso vem passo a passo ganhando forma, corpo, adeptos e apaixonados. A advocacia apoia esta causa nobre e bandeira importante”, afirmou.
Leonardo Campos ressaltou que os advogados invariavelmente não possuem interesse que o conflito se perdure, uma vez que a solução em um tempo exíguo possibilidade um retorno ao advogado e à Justiça.
Para a desembargadora Clarice Claudino, a postura que a mediação exige do advogado é totalmente diferente daquilo que se está acostumado a fazer no dia a dia. “A forma tradicional é uma postura combativa que precisa ser revista e complementada com uma nova postura do advogado, em uma atuação eminentemente colaborativa e orientativa. É preciso que compreendam isso e deixem que as partes ajam com naturalidade e cooperem com esse sistema novo durante as sessões de mediação”, observou.
O palestrante Marcelo Rodante compara o instituto da mediação para a advocacia como uma troca de vestimenta. “A mediação é importante porque como todos sabem, o Judiciário tem um contingente de demandas enorme. A forma como abordamos estas questões, que é essa maneira competitiva e litigiosa foi importante até aqui, mas surge um novo horizonte. Como é o advogado largar um pouco da armadura, a espada e o capacete para colocar um novo aparato, uma mochila mais leve, um tênis e andar em planícies que são diferentes. Trocar a roupa e o espírito e encontrar novas habilidades”, apontou.
Também participaram da palestra, o coordenador do NUPEMEC, juiz Hildebrando da Costa Marques, e as advogadas representantes da Solucione Conflitos, Débora Pinho e Michelle Donegá.
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