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Educação no sistema penitenciário é retratada em livro que será lançado na OAB-MT

15/07/2016 17:50 | Dica Literária

    Em meio à constante discussão sobre a reinserção social do presidiário, o mestre em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Rowayne Soares Ramos divide sua experiência na educação de jovens e adultos no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC) no livro “Letramento na prisão”.

    A obra deve ser lançada oficialmente em novembro, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) e apresenta um olhar sobre a questão da reinserção social de pessoas privadas de liberdade por meio da educação.

    Estudantes de Direito, Psicologia, Pedagogia, Letras, Serviço Social, Antropologia, História e outros cursos poderão obter uma clara percepção do mundo na prisão e a importância do ato da leitura e de uma educação emancipatória. De acordo com o autor, no contexto penitenciário, a leitura e a escrita enceram um valor de significância voltado ao ato de se conhecer e de se envolver com o mundo letrado e seus códigos.

    Ramos ainda destaca que há, entre os presos, também o desejo de entender os processos penais que são escritos em linguagem jurídica. “Logo, o acesso ao mundo da leitura e da escrita para esses sujeitos representa, não somente a apropriação de um conhecimento linguístico, mas também o poder de ter acesso ao mundo letrado e ao mundo do conhecimento como forma de obter autonomia, tendente a buscar sua independência social por meio do acesso à leitura e à escrita”, completa.

    Durante a pesquisa, ele constatou que as observações de sala de aula e os relatos dos alunos indicam que o espaço escolar na unidade penal necessita de intervenção pedagógica mais atuante, de modo que as práticas possam colaborar para em sua inserção social. “É necessário que a escola desenvolva novas metodologias de alfabetização, inserindo as práticas sociais da leitura e da escrita, notadamente a linguagem jurídica, temática que envolve os direitos humanos e as políticas sociais existentes, pois os sujeitos em privação de liberdade detêm pouco conhecimento sobre esse campo”, explicou.

Assessoria de Imprensa OABMT
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