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Adaptação de sistema do PJe para deficiente visual foi pedida pela OABMT

23/07/2015 15:57 | TJMT
    A adaptação do sistema do Processo Judicial Eletrônico (PJe) para deficientes visuais no Tribunal de Justiça de Mato Grosso é uma importante conquista voltada para profissionais que atuam no estado e foi requisitada pela Comissão de Direito Eletrônico da OABMT em  conjunto com o advogado de Sinop Marcelo Leandro Sonntag em maio deste ano. A Coordenadoria de Tecnologia da Informação do TJMT realizou um trabalho de revisão e ampliação da acessibilidade ao sistema. 
 
    O advogado, que perdeu a visão com oito anos, percebeu limitações na ferramenta e, acompanhado do presidente da Codel, Eduardo Manzeppi, propôs alterações no sistema. Conforme Manzeppi, o trabalho esta sendo realizado com bastante afinco pela equipe de TI do TJMT em parceria com a OABMT através da subseção de Sinop representada por Marcelo Sonntag. 
 
    “A busca pelos direitos de todos advogados e advogadas por um peticionamento eletrônico que garanta segurança e oportunize acessibilidade aos profissionais de Direito já vem sendo feita há algum tempo e agora com a ajuda do colega que possui deficiência visual estamos progredindo na adaptação dos sistemas com o desenvolvimento e disponibilização de ferramentas. Entendemos que esta iniciativa das instituições, Poder Judiciário, Ordem dos Advogados, em Mato Grosso, é precursora e sua iniciativa servirá de experiência a todos outros. Os passos iniciais já foram bem proveitosos e a continuidade logo deve ser divulgada com as vitórias nas implementações nos sistemas”, consignou o presidente da Codel.
 
    Conforme o gerente de projetos da TI, Rafael Kloeckner, foram 11 apontamentos. “Fizemos as adaptações necessárias para que o leitor de tela que ele utiliza conseguisse identificar todos os campos. Além disso, nos preocupamos com a navegação e a sequência lógica para que ele conseguisse cadastrar o processo”. O gerente salienta que a intenção dé levar acessibilidade para outras ferramentas do Tribunal, como o Portal (www.tjmt.jus.br) e o Portal Eletrônico do Advogado (PEA).
 
    Quem ficou responsável por tentar entender na prática quais eram as principais dificuldades do advogado com o sistema foi a analista de software Aryadnne Zanatta. Segundo ela, o maior desafio foi se colocar na pele de uma pessoa com deficiência visual. “Depois de muitas pesquisas e de instalar a ferramenta de leitura que ele usa, começamos a percorrer os caminhos que o Marcelo faria para peticionar. Por várias vezes tive que ficar de olhos fechados, sendo guiada apenas pelo fone de ouvido para tentar entender quais poderiam ser as dificuldades dele”, disse.
 
    A analista explicou que uma das principais alterações realizadas foi a adaptação do sistema à ferramenta que faz a leitura da tela. “Como o leitor identifica apenas código html, alguns itens como o botão de busca era lido com outro nome, um nome técnico. Por isso, mudamos a nomenclatura de alguns códigos para que ele pudesse entender o que estava sendo lido”, esclarece.
 
    Após as alterações feitas pela TI, Marcelo Sonntag diz que as dificuldades que tinha antes foram sanadas. “É raro encontrar algum campo em que eu tenha alguma dificuldade. Antes, eu precisava chamar alguém para me auxiliar. Agora não, são coisas que eu consigo resolver sozinho utilizando o teclado”, destacou.
 
 
(Com informações do TJMT)
 
 
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