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“A tuberculose atinge preferencialmente os pulmões, mas pode ter tuberculose ocular, no seio da face simulando sinusite, fígado, bexiga e pâncreas”. O alerta foi da médica pneumologista e professora da UFMT, Keila Medeiros Maia, em palestra nesta segunda-feira (23 de março), na OABMT. A explanação foi uma parceria da Comissão de Direitos Humanos (CDH) e as Secretarias de Estado de Justiça e Direitos Humanos e de Saúde. A presidente da CDH, Betsey Polistchuk de Miranda, considerou uma excelente oportunidade para esclarecimentos acerca da doença, em especial, para advogados e advogadas que atuam na área penal para verificarem a situação de seus clientes e cobrarem tratamento e acompanhamento adequados.
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A médica explicou que há um número de mortes considerado alto pela Organização Mundial de Saúde. Atualmente, são 9 milhões de casos no mundo, sendo que 16,6% morreram por causa da tuberculose. O Brasil está em 17º lugar entre 22 países responsáveis por 80% dos casos. “O grande funil está na taxa de abandono, a não adesão, porque o tratamento deve durar por pelo menos seis meses, mesmo que não haja mais sintomas. É uma das poucas doenças que dá atestado de 30 dias de imediato. Houve o diagnóstico, tem que isolar, mesmo no presídio”, alertou.
Conforme a palestrante, a tuberculose é uma doença infecciosa transmissível pela tosse e no Brasil é considerado um grave problema de saúde pública, mas é totalmente curável. “Infelizmente, existem pacientes que não apresentam sintomas, depende da força que ele tem para lutar contra o bacilo. Soube de candidatos ao CFO da Polícia Militar, por exemplo, que descobriram a doença quando fizeram o Raio X e não sentiam nada”, ressaltou. Keila Maia relatou que há pacientes que permanecem com tosse persistente por meses, tratando como uma gripe forte; e quando vão investigar a doença já está instalada e toda a família contaminada.
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Cuidados e prevenção
A pneumologista explicou que pessoas portadoras de doenças crônicas, como diabéticos, hipertensos, idosos com mais de 65 anos devem ter cuidado em lidar com pacientes com tuberculose porque têm a imunidade mais baixa. Assim, também aqueles que têm péssima alimentação (falta de vitaminas, proteínas e nutrientes advindos de frutas, verduras, legumes, grãos e carnes); os fumantes e os que ingerem grandes quantidades de álcool, estarão mais susceptíveis a serem contaminados caso tenham contato com o doente.
Sintomas
Entre os principais sintomas estão tosse persistente por mais de 15 dias; emagrecimento sem motivo aparente; fraqueza; sudorese (suor excessivo) noturna; febre baixa no fim da tarde e arrepios. As chaves que a médica considera importantes para o sucesso e a cura efetiva da tuberculose são o diagnóstico precoce, o isolamento e o tratamento correto por, no mínimo, seis meses ininterruptos.
Keila Maia também observa que o paciente deve fazer o tratamento rigorosamente em dia até que os exames deem resultados negativos para a doença, em especial, para excluir a possibilidade da forma multirresistente. Nestes casos o tratamento pode chegar a até dois anos.
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