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O Conselho Pleno da OAB/MT aprovou durante a última sessão deste ano o voto do conselheiro Rogério Luiz Gallo, o qual foi favorável à nomeação do Plenário da Seccional em "Plenário Advogado Mario Cardi Filho", profissional que faleceu em outubro, vítima de câncer. Os requerentes da homenagem foram o secretário-geral adjunto da Ordem, Ulisses Rabaneda dos Santos, e o conselheiro estadual Eder Roberto Pires de Freitas.
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Em seu voto, Rogério Gallo relatou aspectos importantes da trajetória de Mario Cardi Filho como a formação acadêmica na Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, pós-graduação em Direito Civil pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco (SP) e sua vinda para Cuiabá, em 1988, quando se associou profissionalmente com o ex-presidente da Seccional por dois mandatos Ussiel Tavares da Silva Filho.
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Mario Cardi Filho foi conselheiro da Ordem no mandato 1998/2000, emprestando seu talento e senso de justiça também para o Tribunal de Ética e Disciplina, para as Comissões de Estágio e Exame de Ordem e de Ensino Jurídico, e para o Conselho Editorial do "Jornal Defesa". Além disso, também foi indicado pela OAB/MT para compor a lista sêxtupla destinada ao provimento do cargo de desembargador do TRT/MT, em vaga do quinto constitucional da OAB. Mario Cardi Filho também foi agraciado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região com o título de Oficial da Ordem São José Operário. Durante sua profissão, desempenhou a função de juiz auditor do Tribunal de Justiça Desportiva do Estado de Mato Grosso e presidiu uma das suas câmaras julgadoras.
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Na avaliação de Rogério Gallo, a história de Mario Cardi Filho foi pródiga em fatos que o faz merecedor da homenagem proposta. "Mario fervilhava ideias e, por isso, contribuiu muito por onde passava. Sua presença era notada nos ambientes e jamais era despercebida. Homem de muitas ideias e ideais muito sólidos. Não se comprazia com a advocacia fácil. Tinha apreço pelos bons debates jurídicos, jamais se desapegando da ética. Desconhece-se pessoa, profissional do direito ou não, que lance contra Mario qualquer dúvida sobre a sua retidão de caráter. Por isso, sua atuação profissional foi sempre muito profícua, mantendo, desde 1988, um escritório de reconhecido sucesso com seu amigo Ussiel Tavares".
Segundo o conselheiro, "Mario não se resignava, não se contentava com os limites de seu escritório e dedicava parte seu tempo, pro bono, para a advocacia mato-grossense, desde as articulações, com outros advogados, para a efetiva instalação do TRT/MT até a fundação da Associação dos Advogados de Mato Grosso, que nasceu como um espaço para, muito mais do que o lazer, bons e acalorados debates sobre a advocacia. De lá vieram muitos dos diretores e conselheiros das últimas duas décadas de história da nossa instituição. Mario sempre apoiou seu sócio e ex-presidente da OAB/MT Ussiel Tavares quando este assumiu a diretoria da entidade, principalmente em momentos difíceis e de rupturas vividos pela sociedade como a emblemática Operação Arca de Noé, ocorrida em 2001, e que exigiu da OAB/MT, de seus conselheiros e de toda a sociedade um posicionamento firme para o lado certo, ético e limpo. Mario, não é preciso dizer, estava deste lado".
Outro dado relevante de sua biografia e que reafirma o compromisso que desde as origens teve com a dimensão social da existência é a revelação que, no período de 1980 a 1988, foi assessor jurídico comunitário na Paróquia de Vila Palmares, em Santo André (SP). Emprestou seu tempo não só para a OAB e à advocacia mato-grossense, mas também atuou pro bono para os membros carentes da comunidade em que vivia. "Este era Mario, um ser humano instigante que muito contribuiu com o meio social em que esteve inserido e, particularmente, com a OAB, dignificando-a em todas as funções que ocupou e também pelo escorreito exercício cotidiano da advocacia. Mario Cardi preservou os valores da democracia e suas crenças até o derradeiro minuto de sua vida, consolidando toda a sua biografia, toda a sua trajetória neste último e notável ato. Por isso, merecedor da homenagem proposta pelos conselheiros Ulisses Rabaneda e Eder Freitas. E porque este plenário? Porque foi nele que Mario destilou sua inteligência, sua honradez e seu aguçado inconformismo com as injustiças, tornando justo que, a cada vez que aqui entramos, lembremo-nos de seu exemplo. Para esta e para as gerações vindouras de advogados: este é o sentido da homenagem", finalizou Rogério Gallo.
Confira aqui a íntegra do voto que homenageou o advogado Mario Cardi Filho.
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