Foto: Tuca VieiraFolhapressArquivo
A diretoria da OAB/MT lamenta com pesar o falecimento do poeta cuiabano Manoel de Barros, aos 97 anos, em um hospital de Campo Grande (MS). Ele estava na UTI, tinha sido submetido a uma cirurgia de desobstrução do intestino e morreu de falência de múltiplos órgãos. Há seis meses enfrentava graves problemas de saúde e estava internado há duas semanas. “Mato Grosso e o Brasil perdem um filho diletíssimo que conquistou o mundo com seus versos, ganhando prêmios e reconhecimento. Estendemos à família e amigos nosso mais profundo sentimento”, sublinhou o presidente da Seccional, Maurício Aude.
Manoel Wenceslau Leite de Barros nasceu em Cuiabá, no Beco da Marinha, às margens do rio Cuiabá, em 19 de dezembro de 1916. Passou a infância em Corumbá, no Pantanal sul-mato-grossense, e estudou no Rio de Janeiro onde bacharelou-se em Direito. Nos últimos anos, o advogado e poeta morou em Campo Grande e levou uma vida reclusa ao lado da esposa. O velório está sendo realizado na capela do Cemitério Parque das Primaveras, em Campo Grande, e o sepultamento ocorrerá às 17h.
Obras
Manoel de Barros publicou seu primeiro livro, "Poemas concebidos sem pecado", em 1937. Seu último volume, "Escritos em verbal de ave", saiu em 2011. Em novembro do ano passado a editora Leya lançou a obra completa do poeta, com título de “A biblioteca de Manoel de Barros”. São, ao todo, 18 volumes. A edição especial incluiu um poema até então inédito, “A turma” (2013), o último escrito pelo autor. A coleção também traz os cinco livros infantis feitos pelo poeta.
O perfil do poeta no site da editora destaca que em 1966 ele ganhou o prêmio nacional de poesias com "Gramática Expositiva do Chão". Em 1998, levou o Prêmio Nacional de Literatura do Ministério da Cultura, pelo conjunto da obra. Ao longo da carreira de sete décadas, ganhou o Prêmio Jabuti duas vezes, em 1990 e 2002, com as obras "O guardador de águas" (1989) e "O fazedor de amanhecer" (2001). Em 2000, foi premiado pela Academia Brasileira de Letras. Manoel de Barros teve sua obra traduzida em Portugal, Espanha, França e Estados Unidos. Em 2008, foi tema do documentário "Só dez por cento é mentira", de Pedro Cezar.
Leia aqui um pouco mais da história de Manoel de Barros.
(Com informações do site G1)
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