Representantes da empresa de telefonia móvel Vivo apresentaram justificativas para os problemas nos sinais de voz e dados registrados no fornecimento dos serviços para os consumidores de Sinop. Durante reunião realizada na última quarta-feira (22 de outubro) com a direção do Procon e da OAB/Sinop, foi informado que melhorias estão sendo feitas na atual rede da cidade, que conta atualmente com 20 sites (antenas) ativos com a tecnologia 3G e 2G.
De acordo com os representantes da Vivo, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) prevê que a operadora tem obrigação de cobrir 80% da área sede do município e que estão dentro das metas estabelecidas.
A implantação da tecnologia 4G deve ser feita até dezembro de 2016, conforme prazo estabelecido pela Anatel para implantação do sinal em cidades com mais de 100 mil habitantes. A promessa da empresa é de que com a instalação na nova tecnologia ocorra o descongestionamento no sinal 3G. Enquanto isso não ocorre, há previsão de instalação de cinco novas antenas até o final de 2015 e seis novas estações até o encerramento deste ano. Com essas ações a empresa espera melhorar a qualidade dos serviços prestados aos consumidores de Sinop e região.
Segundo os representantes da Vivo, a operadora sempre esteve ciente dos problemas registrados no município, ressaltando que a situação mais crítica se encontra na região central. Eles alegam ainda entraves com relação à instalação de novas antenas, devido ao processo burocrático que geralmente existe neste caso. A justificativa prossegue com alegação de que atualmente são feitos investimentos na estrutura existente e de que a empresa sempre busca detectar pontos críticos e solucionar os problemas.
Reclamações
O segmento de telefonia móvel é líder de reclamações no Procon a nível nacional. Em Sinop, nos últimos meses, os consumidores têm sido prejudicados com telefones que apresentam sinal de fora de área, ligações interrompidas durante conversas ou prejudicadas por sons e locais em que não há sinal para ligação, inclusive no centro da cidade.
Para o diretor do Procon de Sinop, Cristiano Peixoto Duarte, a empresa deve levar em conta em seu planejamento que Sinop é uma cidade polo, com grande fluxo de pessoas que não residem no município mas que circulam mensalmente e consomem, inclusive, seus serviços de telefonia. “Vamos acompanhar as ações que a operadora irá por em prática para solucionar os problemas detectados no fornecimento em Sinop. Acredito que a reunião foi produtiva. Reforço também que todo consumidor que tiver seu direito lesado deve procurar o Procon e registrar sua reclamação”, declarou Duarte.
O presidente da Comissão de Direito do Consumidor da OAB Sinop, Eduardo Marques Chagas, destaca que os escritórios de advocacia têm recebido alta demanda de processos referente ao segmento. “Principalmente de empresas que são lesadas com ausência de internet e problemas em ligações comerciais e estes estabelecimentos estão instalados no centro comercial da cidade. Entidades de classe dos comerciantes também já judicializaram suas reclamações. Por meio da reunião a operadora apresentou seu planejamento para solucionar esses problemas e acreditamos que essa situação pode ainda ser resolvida no âmbito administrativo”, observou Chagas.
O presidente da OAB Sinop, Felipe Guerra, acrescentou que a instituição junto ao Procon irá acompanhar o desenrolar das ações prometidas pelos representantes da empresa cobrando uma postura emergencial da Vivo para que a população de Sinop deixe de ser lesada pelos problemas apontados. “A própria classe advocatícia é prejudicada com a ausência desses serviços, uma vez que se trabalha com processo judicial eletrônico e a nossa preocupação é com o consumidor de maneira geral. Qualquer consumidor que se sentir prejudicado pela qualidade dos serviços deve procurar o Procon e registrar sua reclamação. Vamos cobrar para que os prazos estabelecidos pela Anatel não sejam dilatados e também para que, na medida do possível, o que possa ser antecipado seja feito para que tenhamos um serviço realmente de qualidade a nossa disposição”, acrescentou Guerra.
Os representantes da Vivo não se pronunciaram oficialmente, afirmando que a empresa só se manifestará sobre ao assunto por meio de nota.
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