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A vice-presidente da OAB/MT, Cláudia Aquino de Oliveira, questionou o papel dos dirigentes de Ordem na defesa das questões de gênero durante sua explanação no painel nº 5 da Conferência Nacional dos Advogados no último dia 20 de outubro. O tema foi “Ações nucleares integradas em rede de empoderamento da mulher no ambiente da advocacia”. “Vários painelistas eram especialistas nas áreas de violência doméstica e questões relacionadas ao gênero, porém, como dirigente, questionei aos presentes acerca da nossa responsabilidade à frente da OAB. O que podemos fazer para ter uma sociedade mais justa e igualitária?”, pontuou.
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A advogada utilizou como “case” de sucesso o projeto OAB/MT Mulher, lançado em 2014 pela Seccional Mato Grosso com foco nos princípios do milênio da Organização das Nações Unidas para as Mulheres, em consonância com a campanha mundial da ONU - HeForShe (EleporEla) - para que os homens se engajem a favor da igualdade de gêneros e do empoderamento das mulheres.
“O OAB/MT Mulher foi criado diante da nossa responsabilidade como dirigentes, já que muitos não sabem o que é gênero. Quando se discute esse tema, ainda há muitos debates, por isso, temos um grupo temático dentro do projeto para, entre os planos de ações, buscar cursos telepresenciais sobre gênero. Isso já foi disponibilizado pela Câmara Federal através da Secretaria das Mulheres, que foi criada no ano de 2013. No primeiro curso, foram criadas 500 vagas e as primeiras foram disponibilizadas para a Associação dos Magistrados do Brasil. Nós estamos buscando essas vagas na Câmara para a OABMT, dirigentes de Ordem, integrantes de comissões, de subseções”, explicou.
Todos os meses uma das 29 Subseções debatem temas relacionados às questões de gênero, de liderança, política, empreendedorismo da mulher advogada e apontaram ações a serem desenvolvidas. Os encontros reúnem advogadas, advogados, operadores do direito e profissionais de outras áreas e ao final é elaborada a Carta da OAB/MT Mulher.
“Ao final do painel, as representantes da OAB do Rio de Janeiro e de Goiás demonstraram muito interesse, querem conhecer melhor o projeto OAB/MT Mulher para implantarem em seus respectivos estados. Em todo o Brasil, somos cinco mulheres vice-presidentes de Seccionais e nos uniremos para programar a 1ª Conferência Nacional da Mulher Advogada e a Seccional Mato Grosso quer estar à frente e colaborar com esse trabalho. Também vamos nos reunir com nossos conselheiros federais para pedir apoio à proposta da aprovação da quota para mulheres nas eleições da Ordem. Aproveito para agradecer ao presidente da OAB/MT, Maurício Aude, e toda a diretoria pelo apoio nesta causa pelo empoderamento da mulher, estimulando nossas advogadas a integrarem a gestão”, ressaltou Cláudia Aquino.
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