A crise sanitária global que abalou todos os setores das sociedades, dentre eles o setor escolar, trouxe desespero, angústia e ansiedade a gestores, professores e alunos. Com a suspensão das atividades educacionais, obrigando crianças a ficarem em casa com os familiares por tempo indeterminado, os professores e coordenadores tiveram que pensar formas de apresentar propostas para a continuidade do trabalho pedagógico.
Reflexões sobre a volta à escola em tempos de isolamento, com o planejamento seguro entre escola e comunidade, priorizando a reabertura as escolas e garantindo o direito de crianças e adolescentes à educação.
A saúde das crianças deve ser priorizada, portanto a reabertura das escolas deve ocorrer com segurança, para tanto, é fundamental avaliar a situação da pandemia em cada Estado e em cada Município, assegurando investimentos financeiros para que a retomada aconteça de forma segura.
O que se mostra evidente é que quanto mais às crianças e adolescentes permanecerem fora da escola, menor a probabilidade de retornarem, o que acontece especialmente nas famílias em situação de maior vulnerabilidade, portanto, as consequências do fechamento das escolas e os impactos no bem-estar e na aprendizagem dos estudantes é um tema delicado que precisa ser enfrentado com responsabilidade e segurança.
Em Sorriso MT o retorno às aulas ocorreu na ultima terça feira (01Fev22) de forma tranquila e respeitando os protocolos sanitários, já em Cuiabá MT a volta às aulas na rede municipal será em sistema híbrido, onde os pais que não se sentirem seguros de enviar os filhos à escola, diante do aumento de casos da covid-19, serão disponibilizadas aulas online.
O momento requer uma abordagem intersetorial entre áreas de educação, saúde, proteção, nutrição e saneamento, além de cuidados específicos para populações com necessidades específicas, somente assim os direitos fundamentais serão garantidos.
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*Tatiane Ramalho é advogada, conselheira estadual da OAB-MT e vice-presidente da Comissão da Infância e Juventude da OAB-MT.